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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ibama multa fazendeiro que exibia cabeça de onça em extinção

Assassino! Deveria ser preso para refletir sobre seu crime!


29/07/2011 - 13h50

Ibama multa fazendeiro que exibia cabeça de onça em extinção


FELIPE LUCHETE

DE BELÉM
Um fazendeiro do Pará foi multado em R$ 5 mil pelo Ibama por exibir a cabeça de uma onça preta como troféu na entrada de sua propriedade, em Jacareacanga, no sudoeste do Estado.
A apreensão ocorreu no sábado (23) durante a operação Disparada, do Ibama, contra o desmatamento na região, e foi divulgada nesta sexta-feira (29).
Segundo o Ibama, o fazendeiro matou a onça, decapitou o animal e exibiu a cabeça. 'A cena era chocante', disse o coordenador da operação Disparada, Raphael Fonseca.
Rogério Melo/Ibama/Divulgação
Fazendeiro do Pará foi multado em R$ 5 mil pelo Ibama por exibir a cabeça de uma onça preta como troféu
Fazendeiro do Pará foi multado em R$ 5 mil pelo Ibama por exibir a cabeça de uma onça preta como troféu
O animal é de uma espécie ameaçada de extinção, segundo o órgão fiscalizador, e protegida por uma convenção internacional da flora e da fauna.
Além da multa, o homem fica sujeito a condenação de seis meses a um ano de detenção. O nome dele não foi divulgado.
De acordo com o Ibama, a operação Disparada já aplicou R$ 6,7 milhões em multas e embargou 1,4 mil hectares de áreas em nove propriedades.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Lembranças de uma onça caçada cruelmente


Lembranças de uma onça caçada cruelmente


Começou a escurecer e a esfriar, rápido demais, cedo demais, embora logo ali, fora daquela pequena ilha de mata seca cercada por pastagens e campos, algo comum nessa região, ainda houvesse sol e estivesse quente como era de se esperar. Entravam também sons difusos por seus ouvidos, reflexo da intensa dor. Esse seria um dia estranho para ela.

De fato, os últimos dias haviam sido diferentes. Aqueles seres que ela havia aprendido a evitar estavam muito agitados, assim como os seus acompanhantes caninos. Não entendia essa associação. Mas por experiência de quem já vira e sentira algo muito assustador acontecer quando aqueles animais se reuniam, melhor permanecer furtiva.

Andara bastante, como é do seu feitio. Quilômetros e quilômetros, passando por florestas, campos e fazendas, mas, nessas últimas áreas, sempre com cuidado. Bebeu água de riachos e lagoas, banhou-se nos rios. De noite, envolveu-se em caçadas que normalmente resultavam em uma refeição à base de porcos, capivaras, veados e tatus. Lembrou-se de uma presa particularmente interessante, relativamente grande, branca, carne macia que, vivendo em manada, normalmente invadia seu território. Impossível desprezar. De dia descansava no interior das matas, às vezes em cima de uma árvore. Preguiçosa, esbelta, linda.

Mas não nesse dia. A árvore não estava servindo como ponto de repouso mas sim de refúgio. Estava cansada porque, nesse caso, a caminhada era de fuga. Fuga daqueles seres com seus acompanhantes. Aqueles latidos que ouvia ao longe desde que nascera e que lhe traziam sensação de agonia agora estavam perigosamente pertos. Refugiou-se naquele pedaço de mata seca em que tanto descansara após suas atividades noturnas. Subiu na árvore que outrora foi sua plataforma de repouso. A preguiça transformou-se em estado de alerta máximo. Continuava, porém, esbelta e linda.

Era dia ainda, o sol estava forte. Aqueles seres chegaram, trazidos por cavalos e guiados pelos latidos. Uma última visão do seu mundo. O coração estava acelerado pois tinha medo, muito medo. Um som seco, e a pancada forte no pescoço a derrubou de sua árvore. Não havia como os perseguidores errarem pois haviam treinado antes com as capivaras, os veados e os jacarés. No chão, ainda mostrava os dentes aos seus algozes. Dentes poderosos. Já fizera isso várias vezes em sua vida, urrando pelas noites, avisando que estava ali, que aquele era seu território. Agora, aquele ato significaria um sussurro apenas, implorando para acabarem logo com aquilo. Não aguentava mais aqueles latidos junto aos seus ouvidos sensíveis, aquelas mordidas em seu corpo, aquele sangue a escorrer por seu pescoço. Covardes. Seria despida e degolada ali mesmo. Sua cabeça seria exposta junto a tantas outras em um local qualquer, com a mesma expressão de fúria mas sem urro, sem sussurro, sem preguiça, sem beleza, sem nada. Sua pele seria estendida. Tantas outras, pardas e pintadas, tiveram o mesmo destino nesses últimos dias, da mesma maneira.

Então fechou os olhos. Escureceu e já não sentia mais frio. Acabou. Por quê?



*Franco L. Souza é biólogo e professor do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Leciona e pesquisa a história natural de vertebrados em ambientes naturais e antrópicos.
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terça-feira, 5 de abril de 2011

A família felidae de luto: Onça pintada é atropelada e morta na BR163 em Mato Grosso

Crime na estrada

Onça pintada é atropelada e morta na BR163 em Mato Grosso

05 de abril de 2011


Por volta das 04h da manhã de ontem (04), um caminhão, o qual não teve o nome do motorista divulgado, atropelou e matou uma onça pintada.  O fato aconteceu na BR-163, próximo ao posto São Cristóvão, a 30 km de Lucas do Rio Verde, sentido Nova Mutum. Policiais da cidade de Lucas do Rio Verde e o Corpo de Bombeiros foram acionados, porém quando chegaram ao local, o animal já estava morto.

O excesso de velocidade, a falta de conscientização dos motoristas e a inexistência de redutores de velocidade e placas de sinalização na BR-163, estão ameaçando a sobrevivência das onças-pintadas na região médio-norte de Mato Grosso.