TRÁFICO DE ANIMAIS
O difícil retorno à natureza
Para salvar os animais apreendidos do tráfico ilegal, não basta livrá-los das grades. O bicho retirado da natureza e que ficou muito tempo preso, além de apresentar ferimentos e o trauma do sequestro, não sabe mais interagir com os outros da sua espécie, não tem imunidade e não consegue realizar as atividades comuns, como procurar comida, demarcar território ou se defender de outros bichos.
– Em grandes projetos de soltura, é comum as aves não saírem da gaiola, que é o local onde se sentem seguras – conta o especialista no comportamento dos animais em cativeiro e membro do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina, Rogério Leonel Vieira.
Por isso, ele diz que há casos em que não é viável o retorno dos animais à natureza, devendo-se investir em cuidados específicos nos próprios cativeiros. Entre as alternativas estão espalhar alimentos pela gaiola e colocar as aves em viveiros – em vez de gaiolas –, para criar desafios e aproximar as atividades à das que seriam enfrentadas na natureza.
O veterinário destaca, no entanto, que algumas espécies não podem ficar presas, como o sagui. O animal parece de pelúcia quando pequeno, mas se torna agressivo quando adulto. Para os tipos de animais silvestres que conseguem se adaptar, como alguns passarinhos, Vieira acredita que há formas de ficarem bem em cativeiro, principalmente se já tiverem nascido nessa condição.
– Deve-se levar saúde e bem-estar para o cativeiro, seja de animais silvestres ou domésticos. Tem gente que diz que é contra gaiola, mas deixa o cachorro em um apartamento minúsculo – compara.
O Sargento da Polícia Ambiental, Marcelo Duarte, aposta sempre no trabalho para o retorno dos animais à natureza.
– Para colocar o passarinho na gaiola, leva dois minutos. Para soltá-lo na natureza, demanda muito tempo, dinheiro, mas é possível.
O ponto em que todos os especialistas concordam – e com o qual lamentam – é a questão cultural e o desejo das pessoas de criar os animais – inclusive silvestres.
– Por que que o passarinho tem que cantar somente na minha casa e para mim? – questiona o Sargento Marcelo.
– Em grandes projetos de soltura, é comum as aves não saírem da gaiola, que é o local onde se sentem seguras – conta o especialista no comportamento dos animais em cativeiro e membro do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina, Rogério Leonel Vieira.
Por isso, ele diz que há casos em que não é viável o retorno dos animais à natureza, devendo-se investir em cuidados específicos nos próprios cativeiros. Entre as alternativas estão espalhar alimentos pela gaiola e colocar as aves em viveiros – em vez de gaiolas –, para criar desafios e aproximar as atividades à das que seriam enfrentadas na natureza.
O veterinário destaca, no entanto, que algumas espécies não podem ficar presas, como o sagui. O animal parece de pelúcia quando pequeno, mas se torna agressivo quando adulto. Para os tipos de animais silvestres que conseguem se adaptar, como alguns passarinhos, Vieira acredita que há formas de ficarem bem em cativeiro, principalmente se já tiverem nascido nessa condição.
– Deve-se levar saúde e bem-estar para o cativeiro, seja de animais silvestres ou domésticos. Tem gente que diz que é contra gaiola, mas deixa o cachorro em um apartamento minúsculo – compara.
O Sargento da Polícia Ambiental, Marcelo Duarte, aposta sempre no trabalho para o retorno dos animais à natureza.
– Para colocar o passarinho na gaiola, leva dois minutos. Para soltá-lo na natureza, demanda muito tempo, dinheiro, mas é possível.
O ponto em que todos os especialistas concordam – e com o qual lamentam – é a questão cultural e o desejo das pessoas de criar os animais – inclusive silvestres.
– Por que que o passarinho tem que cantar somente na minha casa e para mim? – questiona o Sargento Marcelo.
Multimídia
(de http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3518404.xml&template=3898.dwt&edition=18107§ion=846)
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