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Doente e debilitada
Onça morre ao ser capturada em Patos de Minas (MG)
01 de agosto de 2011
Uma cena pouco comum em anos atrás começa a ser registrada nas zonas urbanas das cidades brasileiras: a presença de onças. Em Patos de Minas (MG), no início da tarde desta quarta-feira, 27 de julho, no centro, na Rua José de Santana, o Corpo de Bombeiros foi acionado por um maquinista, Wilson Severo, alertando sobre a presença de uma onça-parda ou sussuarana em um porão de um imóvel. A onça, segundo o trabalhador, estava neste porão de uma residência que divide com um lote vago, que está sendo preparado para ser área de estacionamento. Wilson Severo viu a onça quando trabalhava com a máquina na limpeza do lote.
O corpo de Bombeiros compareceu para a captura da sussuarana, animal solitário e que prefere viver em um lugar de difícil acesso como florestas, desertos e montanhas. Durante os trabalhos, o animal morreu. Bastante debilitada, talvez por falta de alimento e água, a onça foi laçada e não resistiu, morrendo antes de chegar a uma clínica veterinária para receber cuidados necessários. A causa pode ter sido por enforcamento.
O subtenente Fernandes, do Corpo de Bombeiros, afirma que a captura foi feita de acordo com a necessidade para o momento, evitando a fuga do animal. Segundo o subtenente a morte da onça não foi em virtude da captura, mas sim pelo estado de saúde da sussuarana.
Após a captura, o animal foi encaminhado para um especialista, o veterinário Marcos Paulo, que avaliou o estado de saúde da sussuarana. O veterinário afirma que a onça estava realmente debilitada e doente e apresentava quadro de anemia. O estresse durante a captura pode também ter colaborado para a morte do animal antes de receber cuidados do veterinário.
A onça, segundo o veterinário Marcos Paulo, deve ter cerca de 2 anos, sendo assim um animal adulto jovem.
Conheça um pouco mais sobre a onça-parda ou sussuarana
A sussuarana é um animal solitário e prefere viver em um lugar de difícil acesso como florestas, desertos e montanhas. Geralmente caça ao entardecer. O carneiro selvagem, o veado e o caititu constituem suas presas habituais. Os adultos se comunicam por meio de uma espécie de silvo estridente. A fêmea tem a cria em cavernas ou em cepos ocos. Os filhotes abrem os olhos com dez dias e ficam com a mãe até os 20 meses. Período de vida 12 anos. Maturidade sexual de 2 para 3 anos. Gestação de 90 a 96 dias. Números de filhotes: de 01 a 04, nascem pintados com manchas escuras no corpo.
Hábitos: Crepuscular, noturno, arborícola e terrestre. Hábitos alimentares carnívoros e ictiófago.
Habitat: campo, floresta e montanha. Comportamento solitário em par e sedentário. Seu pêlo é em geral bege rosado, mais pode ser cinza, marrom ou cor de ferrugem. O comprimento do pêlo varia conforme o habitat, vai de curto a muito longo. A sussuarana está a vontade em cima das árvores; equilibra-se com a cauda felpuda ao saltar de galho em galho.
Altura: Aproximadamente 63 cm
Peso: Até 100 kg
Comprimento: 1.20 de corpo e 65 cm de cauda
Ocorrência Geográfica: América do Norte, América do Sul e América Central. No Brasil, é encontrada em todos os Biomas
Categoria/Critério: Espécie ameaçada de extinção de acordo com a lista oficial do IBAMA. Apêndice I da CITES. Ameaçada criticamente em perigo-destruição de habitat, caça, populações pequenas, isoladas e em declínio.
Observações adicionais: Conta-se que uma só sussuarana matou 15 carneiros selvagens durante uma saída para caçar. Por outro lado, ela raramente ataca o homem e tem tanto medo de cães que sobe em árvores para escapar deles quando acuada.
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