PM apreende 201 pássaros no interior de SP
DE SÃO PAULO
Notícias e informações relacionadas com a proteção e crimes contra os animais silvestres.
O Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (HVUTAD) devolveu ontem três grifos (Gyps fulvus) ao seu meio natural, após um período de cerca de ano e meio de tratamento.
"As aves foram libertadas após um período de tratamento, já que apresentavam sintomas de subnutrição e outras patologias. Verificamos que se encontravam aptas para se alimentarem e continuar a viver no seu meio natural sem precauções", disse o veterinário da HVUTAD, Luís Silva.
As aves adultas foram encontradas doentes em localidades dos concelhos de Mogadouro, Macedo de Cavaleiros e Lamego, e entregues por agentes do SEPNA da GNR ao hospital, sendo ali submetidas a um longo processo de tratamento médico, culminando numa fisioterapia intensa no túnel de voo octogonal, "estrutura única em nível nacional" e que permite uma melhor preparação física das aves em recuperação.
"O túnel de voo octogonal permite que as aves voem durante o tempo de internamento e desenvolvam a suas aptidões naturais, para assim serem incentivadas a voar no seu novo habitat após o período de tratamento", explicou o veterinário.
Os grifos foram libertados no miradouro do Penedo Durão, junto a Poiares, no concelho de Freixo de Espada à Cinta e depressa se ambientaram ao novo espaço, já que em poucos segundos abandonaram as caixas em que vieram acondicionados desde o HVUTAD até à nova casa. "Esta atitude desta espécie de aves é comum quando as mesma têm as asas secas e apresentam massa muscular suficiente e, após um período de treino, iniciam desde logo a sua aptidão para voo, aproveitando as correntes térmicas", acrescentou um dos técnicos.
O calor e uma viagem de três horas fizeram com que as aves de asas com uma envergadura significativa "aguentassem" no seu ritmo de voo planado durante várias horas sem tocarem o solo.
O HVUTAD já cuidou nestes últimos três anos cerca de 1600 animais de raças autóctonas que foram devolvidos ao seu meio ambiente natural ou deslocados para centros de interpretação da avifauna. "Tiros, quedas do ninho ou embates com viaturas são comuns e estão na origem das principais causas de ferimentos nestas espécies", concluiu Luís Silva.
Fonte: Público via
DA BBC BRASIL
Cientistas britânicos conseguiram capturar imagens de um raro tatu gigante no Pantanal brasileiro.
As câmeras do zoológico de Chester foram colocadas pelos pesquisadores da Royal Zoological Society, da Escócia, na região de Nhecolândia, e fazem parte do Projeto Tatu Gigante.
Depois de dez semanas de pesquisa de campo, os cientistas conseguiram encontrar e fotografar o animal.
"As câmeras vão oferecer informações críticas para a avaliação da situação das populações de tatus gigantes no Brasil", disse Arnaud Desbiez, biológo da Royal Zoological Society, que lidera o projeto.
Arnaud Desbiez | ||
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Depois de dez semanas de pesquisa de campo, os cientistas conseguiram encontrar e fotografar o animal |
Arnaud Desbiez | ||
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O tatu gigante pode atingir 1,5 metro de comprimento e pesar até 50 kg, duas vezes o tamanho de um tatu comum |
"Elas vão nos ajudar a ter uma compreensão melhor da história natural da espécie e talvez entender as razões ecológicas de sua raridade (....). E vão nos ajudar a formular uma base de informações sobre a ecologia do tatu gigante e sua função no ecossistema do Pantanal brasileiro", acrescentou.
As fotos mostram o tatu saindo de uma toca. Apesar de as populações de tatus gigantes, ou Priodontes maximus, estarem espalhadas pela maior parte da América do Sul, pouco se sabe sobre este animal devido ao seu comportamento discreto e à pouca densidade das populações, que raramente são vistas.
TOCA
O fato de o tatu gigante passar os dias em tocas embaixo da terra dificulta a observação tornando os avistamentos raros.
O tatu gigante pode atingir 1,5 metro de comprimento e pesar até 50 kg, duas vezes o tamanho de um tatu comum. Ele vive em áreas de florestas conservadas, perto de fontes de água e têm hábitos noturnos.
Isso levou os cientistas a decidirem usar câmeras automáticas, instaladas como armadilhas, para capturar as imagens.
"Nós simplesmente não sabemos nada sobre os tatus gigantes e podemos perder esta espécie antes de conseguir entender sua história natural básica e seu papel ecológico", afirmou Arnaud Desbiez.
A organização União Internacional para Conservação da Natureza classifica este mamífero como vulnerável, pois o tatu gigante está ameaçado pela perda de seu habitat e pela caça.
Com o uso das câmeras automáticas do zoológico de Chester, os pesquisadores poderão estimar a densidade da população, investigar os padrões de suas atividades, monitorar o uso de suas tocas por outras espécies além de aprender mais sobre seu comportamento social e reprodutivo.
Para Arnaud Desbiez, o tatu gigante pode ser considerado um "fóssil vivo".
"Estou ansioso para usar os resultados de nosso trabalho para mostrar aos brasileiros e ao resto do mundo esta espécie desconhecida que eu acredito simboliza o melhor da biodiversidade", afirmou.
( de http://www1.folha.uol.com.br/bbc/979176-cientistas-capturam-imagens-de-tatu-gigante-no-pantanal.shtml)
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