Ambientalista que caçava onças no Pantanal é presa em operação da PF e do Ibama
Leonardo Guandeline e Paulo Yafusso (opais@sp.oglobo.com.br)
SÃO PAULO e CAMPO GRANDE - A Polícia Federal (PF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fazem nesta sexta-feira uma operação contra safáris ilegais no Pantanal do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. A ação, continuidade da Operação Jaguar II, desencadeada em maio, cumpriu 6 mandados de busca e apreensão e resultou na prisão, por porte ilegal de armas, da ambientalista Beatriz Rondon, investigada pela Operação Safári e acusada de promover caça a onças na região.
Os mandados de busca em Mato Grosso do Sul, de acordo com o Ibama, foram cumpridos nas fazendas Gauicurus, em Aquidauana, e Santa Sofia, ambas de propriedade da ambientalista, e também em propriedades localizadas em Campo Grande e Corumbá. Nos imóveis foram apreendidas 10 armas - sendo duas delas na fazenda da ambientalista em Aquidauana-, algumas sem registro e vários objetos de caça ilegal, entre eles couros de uma onça e de uma jaguatirica e galhadas de cervos do Pantanal.
Em Sinop, no Mato Grosso, os agentes apreenderam uma arma calibre 38. Todos os materiais serão periciados para que o Ibama possa definir as multas ambientais a serem aplicadas. Os mandados de busca foram expedidos pelo juiz da 5ª Vara Federal de Campo Grande.
A ação é continuação da Operação Jaguar II, desencadeada em 5 de maio com o objetivo de desarticular um grupo que agenciava safáris de caça e abate ilegal de animais silvestres, especialmente a onça pintada no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Participavam das caçadas fazendeiros locais e estrangeiros.
Na ocasião, um vídeo enviado anonimamente à PF mostra a ambientalista Beatriz Rondon caçando e abatendo duas onças: uma parda e uma pintada. Durante a operação Jaguar II foram apreendidos na fazenda Santa Sofia, de propriedade de Beatriz, dois crânios de onça-pintada, várias armas e centenas de munições. A ambientalista, na ocasião, foi multada pelo Ibama em R$ 220 mil por caça ilegal, abate de animais ameaçados de extinção, por caça profissional e por danos a Unidade Estadual de Conservação.
Após ser presa, Beatriz Rondon foi encaminhada à Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande, onde presta depoimento.
(de http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2011/07/29/ambientalista-que-cacava-oncas-no-pantanal-presa-em-operacao-da-pf-do-ibama-925004581.asp)
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